Cannabis y esquizofrenia. Revisión de la literatura de los últimos quince años / Cannabis and schizophrenia. Review of the literature of the last fifteen years

A partir de la promulgación de la Ley 19.172, referida a la regulación del mercado y consumo de marihuana, recientemente aprobada en Uruguay, surgen diferentes preguntas en relación con los efectos de esta norma sobre los pacientes psiquiátricos con un trastorno por consumo de cannabis comórbido, particularmente en el caso de la comorbilidad con esquizofrenia. La prevalencia de la esquizofrenia en la población general es de 0.5 a 1.4 %, con una comorbilidad con consumo de sustancias de aproximadamente el 47 % que, en el caso del consumo de cannabis, oscila entre 13 y 40 %. Los avances en la neurobiología apuntan a una compleja relación entre el sistema endocannabinoide, la esquizofrenia y los cannabinoides exógenos. Los objetivos son conocer, a través de la revisión de la literatura internacional, los avances en cuanto al vínculo entre el cannabis y la esquizofrenia tanto desde el punto de visto clínico como neurobiológico. Se encontraron 130 trabajos con los descriptores utilizados, de los cuales se seleccionaron para este trabajo los 35 de mayor relevancia. El consumo de cannabis podría ser un factor de riesgo para individuos vulnerables a la psicosis. Tendría además un efecto sobre la edad de inicio de la enfermedad y, posiblemente, en su evolución.

Since the enactment of Law 19,172, referring to the regulation of the marijuana market and consumption, recently approved in Uruguay, different questions arise regarding the effects of this rule on psychiatric patients with comorbid cannabis use disorder, particularly in the case of comorbidity with schizophrenia. The prevalence of schizophrenia in the general population is 0.5 to 1.4%, with a comorbidity with substance use of approximately 47% which, in the case of cannabis use, ranges between 13 and 40%. Advances in neurobiology point to a complex relationship between the endocannabinoid system, schizophrenia and exogenous cannabinoids. The objectives are to know, through the review of the international literature, the advances regarding the link between cannabis and schizophrenia both from the clinical and neurobiological point of view. We found 130 papers with the descriptors used, of which the 35 most relevant ones were selected for this work. Cannabis use could be a risk factor for individuals vulnerable to psychosis. It would also have an effect on the age of onset of the disease and, possibly, on its evolution.

A preponderante participação do álcool nas internações por dependências e por psicoses induzidas por drogas psicotrópicas no Brasil, triênio 1987ð1989 / Prepoderant participation of alcohol for hospital internations by dependence and psychosis induced by psychotropic drugs in Brazil, 1987-1989 triennium

Levantamentos postaisforam feitos no triênio de 1987/1989 em todos hospitais e clínicas psiquiátricas do país catalogados na última edição (1985) do "Cadastro de Estabelecimentos de Saúde" do Ministério da Saúde. Cerca de 50 por cento dos estabelecimentos nacionais enviaram as planilhas contendo dados sobre internações por dependência de drogas várias (itens 304 da CIDð9), dependência de álcool (item 303 da CIDð9), psicoses alcoólicas (itens 291) e psicoses por drogas (itens 292). Nos três anos investigados as internações por álcool corresponderam a 94ð95 por cento do total, enquanto que as internações pelas demais drogas em conjunto restringiramðse a apenas cerca de 5 por cento. Entre as várias drogas, a maconha foi a responsável pelo maior número de internações seguida da cocaína. As internações por maconha predominaram nos Estados do Nordeste. De 1988 para 1989 houve um discreto aumento de 3 por cento nas internações por álcool; entretanto com as demais drogas notouðse uma diminuição de 13,4 por cento no triênio 1987/1989. Tanto para o álcool como para as demais drogas predominou a internação de pacientes masculinos (cerca de 89ð95 por cento); foi referido o tempo de internação maior que 30 dias para cerca de 30 por cento dos pacientes. Houve diferenças marcantes na idade dos pacientes, sendo os dependentes das várias drogas mais jovens que os internados por envolvimento com álcool. Por outro lado estes últimos tiveram quatro a cinco vezes menos altas por fuga ou disciplinares, mostrando a maior dificuldade de lidarðse com os dependentes das várias drogas